terça-feira, 30 de novembro de 2010
sábado, 7 de agosto de 2010
domingo, 18 de julho de 2010
domingo, 13 de junho de 2010
NICO
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Coisas úteis
terça-feira, 18 de maio de 2010
Sobre a crise
quarta-feira, 5 de maio de 2010
caio fernando abreu
"A vida tem caminhos estranhos, tortuosos às vezes difíceis: um simples gesto involuntário pode desencadear todo um processo. Sim, existir é incompreensível e excitante. As vezes que tentei morrer foi por não poder suportar a maravilha de estar vivo e de ter escolhido ser eu mesmo e fazer aquilio que eu gosto - mesmo que muitos não compreendam ou não aceitem."
Um pouco de Sylvia Ji
Sylvia Ji nasceu em São Francisco no bojo de uma família de artistas,em 1982.Seus primeiros contatos com a arte,foram um caderno de esboços de sua mãe e as pinturas do pai.Formada pela Academy of Art University of São Francisco em 2005,seus trabalhos vem sendo exibidos em toda costa oeste americana.São ilustrações que exploram o feminino em toda sua intensidade e em alguns casos mesclam calacas mexicanas a corpos sensuais.
segunda-feira, 3 de maio de 2010
O bom e velho rock'n roll
Esse é um disco em que o impacto já começa com a ilustração da capa, um impressionante grito de agonia. Entretanto, “In The Court of The Crimson King”, do “King Crimson”, não é um trabalho para ser definido em apenas uma palavra. Muito pelo contrário, o que temos aqui é justamente uma obra expressionista multifacetada. Trata-se de um marco do rock progressivo justamente por flertar com a concepção estética megalômana típica desse gênero, sem, contudo, sucumbir ao exagero barroco. Está tudo na medida certa, a começar pela formação do grupo, a melhor de todas. Músicos da estirpe de Ian Mcdonald e Greg Lake destilam uma química rara, que não se repetiria em álbuns posteriores.
A primeira faixa, “21st Century Schizoid Man” começa um som bastante cru, dominado por um tema forte, até culminar em um longo improviso jazzístico. O vocal distorcido antecipa em décadas o estilo de Jack White, enquanto a letra choca pela precisão de uma profecia funesta.
Bruscamente, a tempestade acalma, dando lugar a uma suave brisa: “I talk to the wind”, um som que busca construir uma atmosfera de mistério, com certo tom psicodélico. Os vocais são quase sussurrados. Mais uma vez a música atinge o seu clímax em solos, agora de flauta e teclado.
Já a faixa seguinte, “Epitaph” consegue unir eloqüência e melancolia em uma balada visceral. “Moonchild”, por sua vez, leva nossa jornada musical a terras mais líricas, chegando a um longo e complexo instrumental de difícil definição. Para arrematar, a faixa-título, uma peça típica do rock progressivo. Um exemplo de temática medieval, onde guitarras e bateria combinam na medida certa com vocais intencionalmente arcaicos.
Léo Puglia
sábado, 1 de maio de 2010
Greta Benitez
Tenho saudades de quando era virgem e o Diabo me amava.
Poesia é coisa do demônio, portanto ele me presenteava com lindos poemas, os quais eu usava para construir minha personagem nesse mundo.
Depois de conhecer Jack, minha poesia acabou e o Diabo foi embora para sempre, traído e indignado, aviltado, belo e definitivo.
Poemas, nunca mais.
quarta-feira, 28 de abril de 2010
Sobre a Arte
O meu mundo não é como o dos outros, quero demais, exijo demais, há em mim uma sede de infinito, uma angústia constante que nem eu mesma compreendo pois estou longe de ser uma pessimista;sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada, uma alma que não se sente bem onde está, que tem saudade ...sei lá de quê!"
...(Florbela Espanca)
domingo, 25 de abril de 2010
No avesso do travesseiro
quarta-feira, 21 de abril de 2010
Dia desses
Ressoa, ao nosso redor, o silêncio fecundo e escuro das raízes , a escuridão de todas as coisas que vivem e crescem e são muitas, constantemente em mudança. Somos na noite como quem hiberna, somos na noite como quem se firma na terra e se alimenta e cresce entre todas as escuridões fecundas, somos na noite como o que se não vê em círculo de coisas que acabam e coisas que começam sempre, incontroláveis. Seremos os dois assim, raízes envoltas em silêncios, quando o mundo morre e explode à nossa volta em cacofonias de vermelhos e amarelos e laranjas finais, dormimos envoltos em vida. E ressurgiremos na luz, frágeis, ternos,finitos, como todas as coisas que nascem e florescem.
sábado, 10 de abril de 2010
Até qualquer dia
Desculpa se parece demasiado estranho, mas eu preciso ir. E vou porque nós estamos muito bem assim juntos, nos gostamos tanto, nos curtimos tanto e a noite passada foi com certeza inesquecível. E eu não quero cometer o pecado do amor desgastado, da relação esgotada. Quero você assim na minha lembrança: sorrindo, alegre, doce e ainda com ares de perfeição. Vou agora porque desejo nunca perder a hora de partir, nunca perder esse bom senso de saber que todo auge precede o declínio, e que é melhor partir enquanto está sorrindo do que quando se está chorando. E não me peça pra ficar, não é um tempo que eu estou te pedindo, eu estou dando “tchau” mesmo. É melhor pra nós dois. Deixaremos imortalizados na lembrança os risos, os olhares os cheiros… serão boas memórias. Não me diga esse “adeus” expelindo raiva. Só estou indo embora porque gosto de você, não quero para nós mágoas de cotidiano extenuado. Boa sorte em tudo!
quinta-feira, 8 de abril de 2010
terça-feira, 6 de abril de 2010
domingo, 4 de abril de 2010
FILMES DE ARTE QUE RECOMENDO
- Aleijadinho
- Basquiat ( 1996 )
- Camille Claudel
- Caravaggio - Derek Jarman
- Carrington
- Downtown 81 - Edo Bertoglio
- Frida
- Goya - ( 1999) - Carlos Saura
- Goya - Konrad Wolf
- Mistérios de Picasso
- Modigliani Paixão Pela Vida - ( 2004 )
- Moça com brinco de pérola
- Pollock
- Rembrandt - Alexander Korda
- Rumo ao Paraíso
- Savador Dali
- Sede de Viver - ( 1956 )
- Sombras de Goya
- Vincent &Theo ( 1990 ) - Rober Altman
quinta-feira, 25 de março de 2010
Alimenta-se de vísceras desgarradas da loucura escondida
Cuida do imanente fogo que incendeia esperanças e sonhos
Na espreita, ela prepara o salto onde a caça é a dúvida e a fé
Há um bosque na extensão dos seres onde florescem rios
Uma incomensurável geografia de desejos extraídos das cores
Há uma trilha que leva ate o mais profundo das saudades
Um matinal arco-íris renasce cada vez que as tormentas passam
Nesta paisagem de luz e sombras temos a opção vital de transcender
A fera também se mostra mansa quando alimentamo-la com o desespero
O bosque seca se não o regamos com a sabedoria das águas e as ventanias
Só uma inquebrantável entrega de vida fará que a ternura seja a bússola do nosso destino...
Flavio Pettinichi- 24- 03- 2010
domingo, 21 de março de 2010
Beco com saídas
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
Pelo menos a infelicidade não é já ativa e imperativa. Pelo menos os gestos cotidianos saem já com a graça líquida de todos os costumes automáticos. Nos dias cinzentos o frio entra pela pele desprotegida e branca que não se expõe e num lugar qualquer do mundo há outras coisas quaisquer. Pelo menos somos vizinhos da felicidade e por entre as paredes ouvimos-lhe os murmúrios, ou melhor, os rumores: ao fim da noite há sempre olhos rodeados de linhas como se estalássemos a caminho de uma quebra qualquer. Noutros lugares do mundo, tenho certeza, haverá recomeços e risos, a serenidade líquida da leiteira de Vermeer, por todos os inúteis séculos de esperas, tristezas e desapontamentos haverá sempre o amarelo -limão da luz capturado para sempre como numa teia brilhante de mentiras. Mas pelo menos não é já a infelicidade imperativa: empilhamos os segundos, como caixas, até enchermos o minuto até ao seu limite, recomeçamos outra vez. Sísifo mostra-nos, arrastamo-nos até ao limite e o abismo e depois recomeçamos outra vez até ao fim da hora.
domingo, 7 de fevereiro de 2010
Não há mérito especial em sobreviver, o corpo sabe mais dessas coisas que nós, respira, segue, anda, reproduz-se e morre em milhares de células. Daqui a uns tempos nada de mim será aquilo que era então, todas as células de pele que tocaste foram-se dissolvendo em pó , partículas no ar que me rodeia e inspiro, sorvendo aquilo que fui e expulsando-o de novo num gás inerte, num circulo interminável. Mesmo as memórias se vão apagando em gestos esquecidos de partilha, toques mortos em voo, como pássaros a voarem contra janelas, contra todos os muros de impossibilidades. Sobrevivo. Há algum conforto em saber tudo o que me rodeia, na sua imensa vastidão de gestos partilhados e amores felizes, em ser vizinha e testemunha fugaz de coisas grandes e verdadeiras, mas é um conforto impessoal, uma espécie de dor surda e permanente de falhanços e más escolhas do negrume da depressão. Sobrevive-se através de gestos cotidianos de quase felicidade, uma linha ténue entre resignação e contentamento, não há mais para além disto e, mesmo se houvesse, quem nos levaria para longe daquilo em que nos tornámos? É tarde e fazemos da vida aquilo que podemos, não aquilo que queremos, nunca aquilo que queremos. Serve ainda a boca para beijos e o corpo para tudo o resto, servem ainda as mãos para dar, servem as palavras para articular pontes, mas é como se tivesse perdido o conhecimento do uso dos objetos e fossem desconhecidos hostis, como se tivesse perdido o uso da fala e dos sentidos e os visse, fechados, longe, sem aceder a eles senão em memórias fugazes e esperanças fúteis, tão fúteis daquilo que poderia ter sido e nunca foi senão em desapontamento.
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
Caio Fernando Abreu
"Eu quis tanto ser a tua paz, quis tanto que você fosse o meu encontro. Quis tanto dar, tanto receber. Quis precisar, sem exigências. E sem solicitações, aceitar o que me era dado. Sem ir além, compreende? Não queria pedir mais do que você tinha, assim como eu não daria mais do que dispunha, por limitação humana. Mas o que tinha, era seu. "
domingo, 24 de janeiro de 2010
domingo, 17 de janeiro de 2010
sábado, 16 de janeiro de 2010
A TERRA TREME EM PORT-AU-PRINCE"
Eis como tudo perde de repente
o significado de ser ou de não ser!
de estar, de querer ou do Poder!
Se até o Poder cai na súbita
derrocada da terra
que submerge os Crentes, os Pagãos
e os filhos de um deus menor.
A terra treme em
Port-au-Prince
chorando a natureza soterrada
de homens e crianças
numa amálgama de escombros
e membros
crucificados num ámanhã sem esperanças.
A terra treme
em Port-au-Prince!
13 DE jANEIRO DE 2010
LuizaCaetano