segunda-feira, 27 de abril de 2015

Cheiros da tarde

A tarde vertia água pelos canteiros
   o gato roto se aninhava sobre a escada
Dentro a língua explorava a virilha,escorrendo água pelo celeiro
   de tão afiada cortou o lábio
Há sempre um calafrio nessas tardes ensandecidas pelo cheiro:
de poros
de pelos & pólen
   [cy]
arte:Christophe Segura

segunda-feira, 13 de abril de 2015

O assalto

O beijo esse sorrateiro senhor sem fronteira
assaltou o desejo
 e roubou-lhe a fala
Vestida de nudez absoluta a boca flutua
quase inerte
pelo peito cardíaco
cheia de vontades
[cy]

domingo, 12 de abril de 2015

Pane

Não
Se
Cyber
Se há
Cético
no site
Ou insight
No século
Cris de Souza

arte:Cy

domingo, 5 de abril de 2015

Manoel de Barros

Por viver muito tempo no mato
moda ave
o menino pegou um olhar de pássaro
contraiu visão fontana
Por forma que ele enxergava as coisas
Por igual
como os pássaros enxergam