segunda-feira, 27 de abril de 2015

Cheiros da tarde

A tarde vertia água pelos canteiros
   o gato roto se aninhava sobre a escada
Dentro a língua explorava a virilha,escorrendo água pelo celeiro
   de tão afiada cortou o lábio
Há sempre um calafrio nessas tardes ensandecidas pelo cheiro:
de poros
de pelos & pólen
   [cy]
arte:Christophe Segura

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