sexta-feira, 5 de junho de 2009

Desenha para mim
o que nos dois não podemos fazer
desenha os nossos corpos quentes
que se penetram, que se aspiram
os nossos lábios que se calam,
palavras sórdidas do esquecimento
talvez deste modo saberás
como me desejas
o quê? outra vez esse medo?
e tu traças linhas sobre linhas
deixando contornos de terra deserta
sem vida, uma só superfície
tranquilo deito-me sobre ti
e tento absorver-te.


Traduçäo: Luís Filipe Sarmento

Nenhum comentário: