BAGAÇO (Teresa Drummond)
Por que mastigar o bagaço
da esperança?
Fiapo nos dentes...
Farrapo no peito...
De si, o amor antigo vive
inda que desnutrido de presença,
mas nega a sentença do abismo.
Tantas traças...
Rosas secas no emaranhado do corpo
e de cartas
amareladas no silêncio
do não-dito.
O amor antigo subexiste
de sonhos
e de enganos
...até, e somente até,
o desconjulgar do hábito
infinitivo
de amar à toa.
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