sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Circo de presságios



O tempo passa, a dor não...
a injustiça é evidente
na trama da fogueira das vaidades.
Os injustiçados são seres que se alimentam das sobras
das bordas amassadas
do conto
contido
no canto
das sereias desvairadas.

A roda da fortuna
é uma carta fora do baralho
desbotado e frágil.
As asas da quimera
alçam um voô
infinito,torvelhinho.
Suas patas batem tropegas,
no vazio,
no marasmo,
enquanto as ventas
atropelam
o ar calmo
do mar Cáspio.

A quimera esbaforida
é mais um circo de presságios...

Eu queria contar pro tempo
o segredo da dor empalhada
mas as palavras nascem mortas
como os seres renegados
silenciosos...abortados.
Ciça#02

Um comentário:

Anderson disse...

Acho que basta a gente ir escrevendo, pra contar as coisas pro tempo. Se ele não ler, pelo menos de alguma forma conseguimos vencê-lo, tornando imortais esses momentos que a gente colocou em palavras, mesmo que essas nasçam mortas, não?

beijos ciça, te adoro :)