"Eu vou embora sozinha. Eu tenho um sonho, eu tenho um destino, e se bater o carro e arrebentar a cara toda saindo daqui. continua tudo certo. Fora da roda, montada na minha loucura. Dá minha jaqueta, boy, que faz um puta frio lá fora e quando chega essa hora da noite eu me desencanto. Viro outra vez aquilo que sou todo dia, fechada sozinha perdida no meu quarto, longe da roda e de tudo: uma criança assustada"
CAIO FERNANDO ABREU
domingo, 14 de dezembro de 2008
domingo, 23 de novembro de 2008
-perfil-
Confusões do amor
Há aquele que não consegue seus sentimentos demonstrar.
Por orgulho ou egoísmo, tenta se esconder,
Medo?
O Amor, é nada mais do que tão somente a ele mesmo e Amar.
Como aquele que ‘viaja’ no presente,
Buscando um ‘amor ideal’ no futuro,
Tristemente descobre que quando chega no ‘futuro’,
Perdeu tanto tempo, e de si mesmo esteve ausente.
Como há aquele que não reconhece um amor dedicado,
Àquele que está sempre ao seu lado,
Que move céus e terras pelo seu bem estar,
Que fecha os olhos, o coração, não conseguindo perceber,
O quanto o outro sabe ou soube lhe amar.
Confusões do Amor!
Que fazem parte da vida!
Que ensinam o verdadeiro sentido de ‘amar’.
Que mostram as faces da alegria e dor,
Que enfraquecem ou fortalecem,
Depende de quem entende o seu valor.
E compreender que o Amor está acima de qualquer confusão,
Pois ele nasce e permanece puro,
Dentro do coração...
Há aquele que não consegue seus sentimentos demonstrar.
Por orgulho ou egoísmo, tenta se esconder,
Medo?
O Amor, é nada mais do que tão somente a ele mesmo e Amar.
Como aquele que ‘viaja’ no presente,
Buscando um ‘amor ideal’ no futuro,
Tristemente descobre que quando chega no ‘futuro’,
Perdeu tanto tempo, e de si mesmo esteve ausente.
Como há aquele que não reconhece um amor dedicado,
Àquele que está sempre ao seu lado,
Que move céus e terras pelo seu bem estar,
Que fecha os olhos, o coração, não conseguindo perceber,
O quanto o outro sabe ou soube lhe amar.
Confusões do Amor!
Que fazem parte da vida!
Que ensinam o verdadeiro sentido de ‘amar’.
Que mostram as faces da alegria e dor,
Que enfraquecem ou fortalecem,
Depende de quem entende o seu valor.
E compreender que o Amor está acima de qualquer confusão,
Pois ele nasce e permanece puro,
Dentro do coração...
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
DIÁLOGO
— E você, por que desvia o olhar?
(Porque eu tenho medo de altura. Tenho medo de cair para dentro de você. Há nos seus olhos castanhos certos desenhos que me lembram montanhas, cordilheiras vistas do alto, em miniatura. Então, eu desvio os meus olhos para amarra-los em qualquer pedra no chão e me salvar do amor. Mas, hoje, não encontraram pedra. Encontraram flor. E eu me agarrei às pétalas o mais que pude, sem sequer perceber que estava plantada num desses abismos, dentro dos seus olhos.)
— Ah. Porque eu sou tímida.
(Porque eu tenho medo de altura. Tenho medo de cair para dentro de você. Há nos seus olhos castanhos certos desenhos que me lembram montanhas, cordilheiras vistas do alto, em miniatura. Então, eu desvio os meus olhos para amarra-los em qualquer pedra no chão e me salvar do amor. Mas, hoje, não encontraram pedra. Encontraram flor. E eu me agarrei às pétalas o mais que pude, sem sequer perceber que estava plantada num desses abismos, dentro dos seus olhos.)
— Ah. Porque eu sou tímida.
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
todo dia
Atirei o pau no gato
mas o gato desviou
O pau caiu na cumbuca,
d.Chica ficou muda,
e pois-se a pensar sisuda
...que garoto duka!!
Ainda te dou um peteleko
dia desses na surdina
e não venha com um teko
de bombom de bailarina
ixi,minha virgi
isso tá virando rotina
mas o gato desviou
O pau caiu na cumbuca,
d.Chica ficou muda,
e pois-se a pensar sisuda
...que garoto duka!!
Ainda te dou um peteleko
dia desses na surdina
e não venha com um teko
de bombom de bailarina
ixi,minha virgi
isso tá virando rotina
Das mentiras
Das mentiras
conheço muitas mentiras
umas são feias
outras tem olhos de safira.
Há mentiras grandes,
médias
e pequenas;
brancas,
negras
e morenas.
Algumas falam que o homem é bom,
outras em céu e inferno,
mas as maiores mentiras
são - sem dúvida -
as promessas de amor eterno.
Hélio Augusto Galvão
conheço muitas mentiras
umas são feias
outras tem olhos de safira.
Há mentiras grandes,
médias
e pequenas;
brancas,
negras
e morenas.
Algumas falam que o homem é bom,
outras em céu e inferno,
mas as maiores mentiras
são - sem dúvida -
as promessas de amor eterno.
Hélio Augusto Galvão
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
misterioso
Escute o misterioso, não o negue.
Não diga precipitadamente que ele não existe.
Todas as pessoas que caminharam na terra de uma maneira consciente concordam a respeito disso - o misterioso existe.
O mundo não termina no visível. O invisível existe, e é muito mais significativo, porque é muito mais profundo.
O visível é somente uma onda no invisível. O invisível é o oceano.
Dessa maneira, quando algo estranho acontecer, não o negue e não se feche a ele.
Abra-se, deixe que ele entre.
E todos os dias há muitos e muitos momentos em que o misterioso bate à sua porta.
Subitamente um pássaro começa a cantar; escute-o, e escute através do coração.
Não comece a analisá-lo, não comece a falar internamente sobre ele.
Fique em silêncio, deixe que ele penetre em você tão profundamente quanto possível.
Não o impeça com pensamentos. Permita-lhe uma passagem absoluta.
Sinta-o, não pense nele.
E quando você vir uma flor, não a nomeie, não a chame de rosa.
Não diga que ela é bonita - simplesmente sinta-a.
Deixe que a beleza o inunde, ao invés de nomeá-la.
Deixe que ela o penetre... deixe-a provocar alguma coisa em você.
Mesmo se por um único momento você puder estar com a rosa sem nomeá-la, você ficará surpreso.
Seu coração baterá mais forte, com uma nova paixão, com uma nova emoção.
Por ter encontrado uma rosa no começo da manhã, você pode se sentir diferente o dia inteiro.
Se você viu o sol se erguendo pela manhã e foi arrebatado por ele, você pode se sentir totalmente diferente o dia inteiro.
Se você viu os pássaros voando e esteve com eles por um momento, você se sentirá uma pessoa completamente nova - sua vida começou a mudar.
Essa é a maneira de você se tornar um iniciado.
Você precisa absorver a beleza da existência, a sua absoluta alegria, a sua bênção transbordante.
Não diga precipitadamente que ele não existe.
Todas as pessoas que caminharam na terra de uma maneira consciente concordam a respeito disso - o misterioso existe.
O mundo não termina no visível. O invisível existe, e é muito mais significativo, porque é muito mais profundo.
O visível é somente uma onda no invisível. O invisível é o oceano.
Dessa maneira, quando algo estranho acontecer, não o negue e não se feche a ele.
Abra-se, deixe que ele entre.
E todos os dias há muitos e muitos momentos em que o misterioso bate à sua porta.
Subitamente um pássaro começa a cantar; escute-o, e escute através do coração.
Não comece a analisá-lo, não comece a falar internamente sobre ele.
Fique em silêncio, deixe que ele penetre em você tão profundamente quanto possível.
Não o impeça com pensamentos. Permita-lhe uma passagem absoluta.
Sinta-o, não pense nele.
E quando você vir uma flor, não a nomeie, não a chame de rosa.
Não diga que ela é bonita - simplesmente sinta-a.
Deixe que a beleza o inunde, ao invés de nomeá-la.
Deixe que ela o penetre... deixe-a provocar alguma coisa em você.
Mesmo se por um único momento você puder estar com a rosa sem nomeá-la, você ficará surpreso.
Seu coração baterá mais forte, com uma nova paixão, com uma nova emoção.
Por ter encontrado uma rosa no começo da manhã, você pode se sentir diferente o dia inteiro.
Se você viu o sol se erguendo pela manhã e foi arrebatado por ele, você pode se sentir totalmente diferente o dia inteiro.
Se você viu os pássaros voando e esteve com eles por um momento, você se sentirá uma pessoa completamente nova - sua vida começou a mudar.
Essa é a maneira de você se tornar um iniciado.
Você precisa absorver a beleza da existência, a sua absoluta alegria, a sua bênção transbordante.
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Todos os caminhos conduzem ao mesmo objetivo: comunicar aos outros o que somos.
Devemos atravessar a solidão e a dificuldade, o isolamento e o silêncio, a fim de chegar ao local encantado onde podemos dançar nossa dança desajeitada e cantar nossa canção Melancólica - mas nessa dança ou nessa canção são cumpridos os ritos mais antigos de nossa consciência, na percepção de sermos humanos e de cremos em um destino comum.
Pablo Neruda,1971
Devemos atravessar a solidão e a dificuldade, o isolamento e o silêncio, a fim de chegar ao local encantado onde podemos dançar nossa dança desajeitada e cantar nossa canção Melancólica - mas nessa dança ou nessa canção são cumpridos os ritos mais antigos de nossa consciência, na percepção de sermos humanos e de cremos em um destino comum.
Pablo Neruda,1971
perfil/setembro/2008
Desconstrução
Hoje eu acordei estranhamente feliz
finalmente minha alma se libertou dos fantasmas do passado,o que os meus olhos viram
e meu coração sentiu eu não conseguiria explicitar por aqui...
Nos tornamos mais sábios qdo nossos olhos alcançam o imaterial
universo dos sentidos,
além lógicamente da visão física.
Chega a ser patético o nosso comportamento diante do esdrúxulo ,tentamos convencer
manipulando informações que são quase nada,digo quase porque acabam servindo a outros propósitos
inviesadas por pequenos deslizes.Ah!E esses são inevitáveis pois qdo cai a primeira carta,
esta é carreada por inúmeras outras que se espalham incontrolavelmente.
Eu sou assim,intensa,intuitiva e por mais que tente excluir essas sensações elas se associam a movimentos
que corroboram a lógica do acontecimento,tal qual um tira-teima.
Segue-se um romper de laços,de crenças...
Em meio a esse esfacelamento que desmembra cada momento de cumplicidade,aflora
uma verdade desnuda.
Um prazer estranho se apossa do meu ser...é o poder da descoberta
A inquietude?Foi-se...como eu fui.
A passagem do tempo deve ser uma conquista e não uma perda. ;]
Descobrimos cada coisa!!Viver é realmente surpreendente.1.8
depois mais surpresas virão14.8
Hoje eu acordei estranhamente feliz
finalmente minha alma se libertou dos fantasmas do passado,o que os meus olhos viram
e meu coração sentiu eu não conseguiria explicitar por aqui...
Nos tornamos mais sábios qdo nossos olhos alcançam o imaterial
universo dos sentidos,
além lógicamente da visão física.
Chega a ser patético o nosso comportamento diante do esdrúxulo ,tentamos convencer
manipulando informações que são quase nada,digo quase porque acabam servindo a outros propósitos
inviesadas por pequenos deslizes.Ah!E esses são inevitáveis pois qdo cai a primeira carta,
esta é carreada por inúmeras outras que se espalham incontrolavelmente.
Eu sou assim,intensa,intuitiva e por mais que tente excluir essas sensações elas se associam a movimentos
que corroboram a lógica do acontecimento,tal qual um tira-teima.
Segue-se um romper de laços,de crenças...
Em meio a esse esfacelamento que desmembra cada momento de cumplicidade,aflora
uma verdade desnuda.
Um prazer estranho se apossa do meu ser...é o poder da descoberta
A inquietude?Foi-se...como eu fui.
A passagem do tempo deve ser uma conquista e não uma perda. ;]
Descobrimos cada coisa!!Viver é realmente surpreendente.1.8
depois mais surpresas virão14.8
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
sábado, 20 de setembro de 2008
domingo, 24 de agosto de 2008
Oração do desprendimento
Oração do Desprendimento
Que minha saudade não me esgote.
Que minhas lembranças não virem tormento.
Que eu nunca deixe de acreditar.
Que eu nunca deixe de enxergar.
Que não haja mágoas.
Que não feneça a alegria.
Que a ausência não me pese.
Que me aquiete o coração.
Que assim seja.
Darlan-RJ
Que minha saudade não me esgote.
Que minhas lembranças não virem tormento.
Que eu nunca deixe de acreditar.
Que eu nunca deixe de enxergar.
Que não haja mágoas.
Que não feneça a alegria.
Que a ausência não me pese.
Que me aquiete o coração.
Que assim seja.
Darlan-RJ
terça-feira, 5 de agosto de 2008
TARSILA AMARAL
Biografia
Tarsila do Amaral (Capivari SP 1886 - São Paulo SP 1973). Pintora, desenhista. Estuda escultura com William Zadig (1884 - 1952) e com Mantovani, em 1916, na capital paulista. No ano seguinte tem aulas de pintura e desenho com Pedro Alexandrino (1856 - 1942), onde conhece Anita Malfatti (1889 - 1964). Ambas têm aulas com o pintor Georg Elpons (1865 - 1939). Em 1920 viaja para Paris e estuda na Académie Julian e com Emile Renard (1850 - 1930). Ao retornar ao Brasil forma em 1922, em São Paulo, o Grupo dos Cinco, com Anita Malfatti, Mário de Andrade (1893 - 1945), Menotti del Picchia (1892 - 1988) e Oswald de Andrade (1890 - 1954). Em 1923, novamente em Paris, freqüenta o ateliê de André Lhote (1885 - 1962), Albert Gleizes (1881 - 1953) e Fernand Léger (1881 - 1955). Entra em contato como o poeta Blaise Cendrars (1887 - 1961), que a apresenta a Constantin Brancusi (1876 - 1957), Vollard, Jean Cocteau (1889 - 1963), Erik Satie, entre outros. No ano seguinte, já no Brasil, com Oswald de Andrade, Olívia Guedes Penteado (1872 - 1934), Mário de Andrade e outros, acompanha o poeta Blaise Cendrars em viagem às cidades históricas de Minas Gerais. Realiza uma série de trabalhos baseados em esboços feitos durante a viagem. Nesse período, inicia a chamada fase pau-brasil, em que mergulha na temática nacional. Em 1925 ilustra o livro de poemas Pau-Brasil, de Oswald de Andrade, publicado em Paris. Em 1928, pinta Abaporu, tela que inspira o movimento antropofágico, desencadeado por Oswald de Andrade e Raul Bopp (1898 - 1984). Em 1933, após viagem à União Soviética, inicia uma fase voltada para temas sociais com as obras Operários e 2ª Classe. Em 1936 colabora como cronista de arte no Diário de São Paulo. A convite da Comissão do IV Centenário de São Paulo faz, em 1954, o painel Procissão do Santíssimo e, em 1956, entrega O Batizado de Macunaíma, sobre a obra de Mário de Andrade, para a Livraria Martins Editora. A retrospectiva Tarsila: 50 Anos de Pintura, organizada pela crítica de arte Aracy Amaral e apresentada no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ e no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo - MAC/USP, em 1969, ajuda a consolidar a importância da artista.
Retrato de Oswald de Andrade , 1922 óleo sobre tela, c.i.e. 61 x 42 cm Coleção
Tarsila do Amaral (Capivari SP 1886 - São Paulo SP 1973). Pintora, desenhista. Estuda escultura com William Zadig (1884 - 1952) e com Mantovani, em 1916, na capital paulista. No ano seguinte tem aulas de pintura e desenho com Pedro Alexandrino (1856 - 1942), onde conhece Anita Malfatti (1889 - 1964). Ambas têm aulas com o pintor Georg Elpons (1865 - 1939). Em 1920 viaja para Paris e estuda na Académie Julian e com Emile Renard (1850 - 1930). Ao retornar ao Brasil forma em 1922, em São Paulo, o Grupo dos Cinco, com Anita Malfatti, Mário de Andrade (1893 - 1945), Menotti del Picchia (1892 - 1988) e Oswald de Andrade (1890 - 1954). Em 1923, novamente em Paris, freqüenta o ateliê de André Lhote (1885 - 1962), Albert Gleizes (1881 - 1953) e Fernand Léger (1881 - 1955). Entra em contato como o poeta Blaise Cendrars (1887 - 1961), que a apresenta a Constantin Brancusi (1876 - 1957), Vollard, Jean Cocteau (1889 - 1963), Erik Satie, entre outros. No ano seguinte, já no Brasil, com Oswald de Andrade, Olívia Guedes Penteado (1872 - 1934), Mário de Andrade e outros, acompanha o poeta Blaise Cendrars em viagem às cidades históricas de Minas Gerais. Realiza uma série de trabalhos baseados em esboços feitos durante a viagem. Nesse período, inicia a chamada fase pau-brasil, em que mergulha na temática nacional. Em 1925 ilustra o livro de poemas Pau-Brasil, de Oswald de Andrade, publicado em Paris. Em 1928, pinta Abaporu, tela que inspira o movimento antropofágico, desencadeado por Oswald de Andrade e Raul Bopp (1898 - 1984). Em 1933, após viagem à União Soviética, inicia uma fase voltada para temas sociais com as obras Operários e 2ª Classe. Em 1936 colabora como cronista de arte no Diário de São Paulo. A convite da Comissão do IV Centenário de São Paulo faz, em 1954, o painel Procissão do Santíssimo e, em 1956, entrega O Batizado de Macunaíma, sobre a obra de Mário de Andrade, para a Livraria Martins Editora. A retrospectiva Tarsila: 50 Anos de Pintura, organizada pela crítica de arte Aracy Amaral e apresentada no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ e no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo - MAC/USP, em 1969, ajuda a consolidar a importância da artista.
Retrato de Oswald de Andrade , 1922 óleo sobre tela, c.i.e. 61 x 42 cm Coleção
quarta-feira, 30 de julho de 2008
sexta-feira, 25 de julho de 2008
terça-feira, 15 de julho de 2008
segunda-feira, 14 de julho de 2008
sexta-feira, 11 de julho de 2008
um pouco de clarice
Minha alma tem o peso da luz. Tem o peso da música. Tem o peso da palavra nunca dita, prestes quem sabe a ser dita. Tem o peso de uma lembrança. Tem o peso de uma saudade. Tem o peso de um olhar. Pesa como pesa uma ausência. E a lágrima que não se chorou. Tem o imaterial peso da solidão no meio de outros."
quarta-feira, 9 de julho de 2008
terça-feira, 8 de julho de 2008
sábado, 5 de julho de 2008
quinta-feira, 3 de julho de 2008
sábado, 28 de junho de 2008
quinta-feira, 26 de junho de 2008
quarta-feira, 25 de junho de 2008
terça-feira, 24 de junho de 2008
sexta-feira, 20 de junho de 2008
Mitos
Os Mitos são eternos?
A tradição parece indicar que sim.
Embora o mito seja uma "narrativa" fundadora, ergue-se sobre uma estrutura arquetípica, universal, que desde a figuração mais antiga até aos nossos dias ora submerge, ora reaparece, ainda que sob outras roupagens (outras formas).
Contudo a estrutura pemanece.
A tradição parece indicar que sim.
Embora o mito seja uma "narrativa" fundadora, ergue-se sobre uma estrutura arquetípica, universal, que desde a figuração mais antiga até aos nossos dias ora submerge, ora reaparece, ainda que sob outras roupagens (outras formas).
Contudo a estrutura pemanece.
quinta-feira, 19 de junho de 2008
Melancolia I (1514)-Dürer
A minha primeira sugestão, para o entendimento desta obra, seria ler SATURNO E A MELANCOLIA, de Klibansky,Panofsky e Saxl.
Em seguida, não menos importante, de Edgar Wind, MYSTÈRES PAIENS DE LA RENAISSANCE (trad.franc. Gallimard); e ainda, de Edwin Panofsky, STUDIES IN ICONOLOGY, Humanistic Themes in the Art of the Renaissance.
Nestes autores se encontra abundante e rigorosa informação sobre a época, a divulgação de um novo pensamento, neo-platónico, cabalístico, alquímico, através das traduções devidas a Marsilio Ficino, Reuchlin, Pico della Mirandula, os grandes expoentes do Humanismo e Renascimento.
O Anjo de Durer tem a marca da Melancolia, estado de alma atribuído a Saturno, e marca, nos alquimistas, da NIGREDO, anunciadora de uma transformação espiritual (que pode ou não vir a concretizar-se).
Na criação artística essa melancolia tanto pode representar a pausa depressiva, depois de completada uma Obra, como um compasso de espera em que alguma coisa se aguarda, seja a revelação, seja a mudança.
No exercício artístico a espera pela inspiração pode traduzir-se num tédio melancólico, que só um novo impulso virá modificar.
No dicionário Mito-Hermético de Dom Pernety, lemos que a Melancolia significa a putrefacção da matéria. Os adeptos também a designam por calcinação, incineração, matéria "ao negro" (nigredo) por haver algo de triste na côr negra. Mas na Obra alquímica a nigredo anuncia as novas fases: albedo e rubedo, a da perfeição maior.
O Anjo de Durer aguarda, de asas caídas, que a transformação se verifique.
A Melancolia I, de 1514, é geralmente vista pelos historiadores de arte como uma figura de mulher representando a condição humana na sua impossibilidade de atingir a perfeição do conhecimento e da vida, da sabedoria divina e dos segredos da natureza ( depois da expulsão do Paraíso).
Mas há mais a dizer, e o que é de salientar é a influencia dos escritos de Marsilio Ficino, conhecido do pai de Durer que o mantinha informado das recentes obras desse autor.
Willibald Pirckheimer, amigo chegado, levara precisamente o LIBRI DE VITA TRIPLICI de Ficino (Florença,1489 ) e o padrinho de Durer, Anton Koberger publicara em 1497 as cartas de Ficino, onde muita matéria hermética era discutida. A sua visão do "carácter saturnino" é a própria da melancolia do homem de génio, enquadrando-se ainda na definição do místico neo-platónico cristão.
Ficino distingue dosi tipos de melancolia, uma própria do brilhantismo da mente, outra da doença maníaco-depressiva.
Mas mais interesssante, na minha opinião, é a afirmação feita por outros estudiosos, para quem a iconografia da Melancolia I coincide com a definição de Agrippa von Nettersheim em DE OCCULTA PHILOSOPHIA, que circulava em manuscrito já desde 1510. Ainda que influenciado por Ficino, vai mais longe na clarificação dos tipos de melancolia, referindo a "Melancholia Imaginativa", uma condição própria dos artistas, arquitectos e artesãos...Não há dúvida que é nesta categoria que se inclui a obra de Durer e o seu significado. Assim, para lá do Anjo, que não é mulher, é figuração da Anima alada, ainda que de rosto escurecido ( melancolia em grego é bílis negra), a caminho da espiritualização, há elementos simbólicos à sua volta que são importantes para decifrar o negro momento da espera:
O compasso na mão, símbolo da ordem que a medição impõe.
A ampulheta, que mede o tempo, limite último da nossa condição.
A esfera, representação máxima da completude, da perfeição.
A Pedra cúbica, símbolo da Pedra alquímica, aos pés da escada onde parece dormir um "putto"( o puer eternus, mediador da transformação).
A escada, que podemos encontrar em muitas gravuras alquímicas, símbolo do caminho e da ascenção a que conduz (recorde-se o fim do Mutus Liber).
A balança, símbolo do equilíbrio, da harmonia que é preciso cultivar.
O cão enrolado aos pés, animal que é companheiro da obra e do adepto em muitos tratados, como se vê em Mchael Maier, ou até no Fausto de Goethe, quando Mefisto escolha a forma de cão para seguir Fausto até casa (figura a natureza animal a ser purificada).
Last, but not least, O Arco-Íris e o sol no horizonte, símbolos da AURORA CONSURGENS, tratado de enorme influencia (estudado por Marie-Louise von Franz). A luz dissipará o dragão, variante da Besta do Apocalipse que define a melancolia.
Mas, para além de todas as explicações, bom mesmo é contemplar a gravura e deixar que as suas imagens, como ideias-força, tomem conta de nós.
Em seguida, não menos importante, de Edgar Wind, MYSTÈRES PAIENS DE LA RENAISSANCE (trad.franc. Gallimard); e ainda, de Edwin Panofsky, STUDIES IN ICONOLOGY, Humanistic Themes in the Art of the Renaissance.
Nestes autores se encontra abundante e rigorosa informação sobre a época, a divulgação de um novo pensamento, neo-platónico, cabalístico, alquímico, através das traduções devidas a Marsilio Ficino, Reuchlin, Pico della Mirandula, os grandes expoentes do Humanismo e Renascimento.
O Anjo de Durer tem a marca da Melancolia, estado de alma atribuído a Saturno, e marca, nos alquimistas, da NIGREDO, anunciadora de uma transformação espiritual (que pode ou não vir a concretizar-se).
Na criação artística essa melancolia tanto pode representar a pausa depressiva, depois de completada uma Obra, como um compasso de espera em que alguma coisa se aguarda, seja a revelação, seja a mudança.
No exercício artístico a espera pela inspiração pode traduzir-se num tédio melancólico, que só um novo impulso virá modificar.
No dicionário Mito-Hermético de Dom Pernety, lemos que a Melancolia significa a putrefacção da matéria. Os adeptos também a designam por calcinação, incineração, matéria "ao negro" (nigredo) por haver algo de triste na côr negra. Mas na Obra alquímica a nigredo anuncia as novas fases: albedo e rubedo, a da perfeição maior.
O Anjo de Durer aguarda, de asas caídas, que a transformação se verifique.
A Melancolia I, de 1514, é geralmente vista pelos historiadores de arte como uma figura de mulher representando a condição humana na sua impossibilidade de atingir a perfeição do conhecimento e da vida, da sabedoria divina e dos segredos da natureza ( depois da expulsão do Paraíso).
Mas há mais a dizer, e o que é de salientar é a influencia dos escritos de Marsilio Ficino, conhecido do pai de Durer que o mantinha informado das recentes obras desse autor.
Willibald Pirckheimer, amigo chegado, levara precisamente o LIBRI DE VITA TRIPLICI de Ficino (Florença,1489 ) e o padrinho de Durer, Anton Koberger publicara em 1497 as cartas de Ficino, onde muita matéria hermética era discutida. A sua visão do "carácter saturnino" é a própria da melancolia do homem de génio, enquadrando-se ainda na definição do místico neo-platónico cristão.
Ficino distingue dosi tipos de melancolia, uma própria do brilhantismo da mente, outra da doença maníaco-depressiva.
Mas mais interesssante, na minha opinião, é a afirmação feita por outros estudiosos, para quem a iconografia da Melancolia I coincide com a definição de Agrippa von Nettersheim em DE OCCULTA PHILOSOPHIA, que circulava em manuscrito já desde 1510. Ainda que influenciado por Ficino, vai mais longe na clarificação dos tipos de melancolia, referindo a "Melancholia Imaginativa", uma condição própria dos artistas, arquitectos e artesãos...Não há dúvida que é nesta categoria que se inclui a obra de Durer e o seu significado. Assim, para lá do Anjo, que não é mulher, é figuração da Anima alada, ainda que de rosto escurecido ( melancolia em grego é bílis negra), a caminho da espiritualização, há elementos simbólicos à sua volta que são importantes para decifrar o negro momento da espera:
O compasso na mão, símbolo da ordem que a medição impõe.
A ampulheta, que mede o tempo, limite último da nossa condição.
A esfera, representação máxima da completude, da perfeição.
A Pedra cúbica, símbolo da Pedra alquímica, aos pés da escada onde parece dormir um "putto"( o puer eternus, mediador da transformação).
A escada, que podemos encontrar em muitas gravuras alquímicas, símbolo do caminho e da ascenção a que conduz (recorde-se o fim do Mutus Liber).
A balança, símbolo do equilíbrio, da harmonia que é preciso cultivar.
O cão enrolado aos pés, animal que é companheiro da obra e do adepto em muitos tratados, como se vê em Mchael Maier, ou até no Fausto de Goethe, quando Mefisto escolha a forma de cão para seguir Fausto até casa (figura a natureza animal a ser purificada).
Last, but not least, O Arco-Íris e o sol no horizonte, símbolos da AURORA CONSURGENS, tratado de enorme influencia (estudado por Marie-Louise von Franz). A luz dissipará o dragão, variante da Besta do Apocalipse que define a melancolia.
Mas, para além de todas as explicações, bom mesmo é contemplar a gravura e deixar que as suas imagens, como ideias-força, tomem conta de nós.
sábado, 14 de junho de 2008
sexta-feira, 13 de junho de 2008
quinta-feira, 12 de junho de 2008
namorados vários
quarta-feira, 11 de junho de 2008
iluminura
Uma iluminura era um tipo de desenho decorativo, frequentemente empreendido nas letras capitulares que iniciam capítulos em determinados livros, especialmente os produzidos nos conventos e abadias medievais. Foi considerada um ofício bastante importante no contexto da arte medieval, constando de grande parte dos livros produzidos durante a Idade Média.
Um manuscrito iluminado seria estritamente aquele decorado com ouro ou prata, mas estudiosos modernos usam o termo "iluminura" para qualquer decoração num texto escrito.
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