sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Gosia Herba

Gosia Herba, ilustradora e designer gráfica polaca de Breslávia, nasceu em 1985.
Como a maioria dos ilustradores,desenha desde a infância.Estudou na Universidade de Wroclaw,
onde obteve mestrado em História da Arte.
Seus trabalhos aludem a temas mitológicos e contos de fadas.A ilustradora é ávida amante de livros
relacionados a Antropologia e história da cultura.Além disso,apresentam texturas variadas e personagens com cabeças angulares com corpos de grandes dimensões.

Emiliano Di Cavalcanti


quarta-feira, 29 de agosto de 2018

terça-feira, 28 de agosto de 2018

Olga Larionova


Daniel Ursache

Quando os ventos de mudança sopram,
umas pessoas levantam barreiras,
outras constroem moinhos de vento
Érico Veríssimo

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Polly Florense

O homem é livre,mas encontra lei na sua própria liberdade
Simone de Beauvoir

domingo, 26 de agosto de 2018

Domingo

*imagem: Lieke van der Vorst

104 anos de Julio Cortázar

A mosca

Vou ter que matar-te de novo
Já te matei tantas vezes,em Casablanca,em Lima,
em Cristiânia,
em Montparnasse,numa província de Lobos.
no bordel,na cozinha,em cima de um pente,
no escritório,neste travesseiro
vou ter que matar-te de novo,
eu,com minha única vida.
Julio Cortázar

sábado, 25 de agosto de 2018

Emily Winfield Martin


Anna Adén Photography

A arte de ser feliz
[Cecília Meireles]

Houve um tempo em que minha janela se abria
sobre uma cidade que parecia ser feita de giz
Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco
Era uma época de estiagem,de terra esfarelada
e o jardim parecia morto,
Mas todas as manhãs vinha um pobre com um balde,
e,em silêncio,ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas
Não era uma rega:era uma espécie de aspersão ritual,para que o jardim
não morresse.
E eu olhava para as plantas,para o homem,para as gotas de água que caiam
de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.
A vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor
Outras vezes encontro nuvens espessas.
Avisto crianças que vão para a escola.
Pardais que pulam pelo muro.
Gatos que abrem e fecham os olhos,sonhando com pardais.
Borboletas brancas,duas a duas,como refletidas no espelho do ar.
Marimbondos que sempre parecem personagens de Lope de Vega.
As vezes, um galo canta
As vezes,um avião passa
Tudo está certo, no seu lugar,cumprindo seu destino
E eu me sinto completamente feliz.
Mas ,quando falo dessas pequenas felicidades certas,
que estão diante de cada janela,uns dizem que essas coisas não existem,
outros que só existem diante das minhas janelas,e outros
finalmente,que é preciso aprender a olhar para poder vê-las assim.

sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Hsiao Ron Cheng

Não sabia que o tempo cava na face
Um caminho escuro,onde a formiga passe
Lutando com a folha
O tempo é meu disfarce
Paulo Mendes Campos,in Sentimento do tempo [excerto]

Este MacLeod

Meu instante agora é uma supressão de saudades.Instante parado e opaco.Difícil se me vai tornando transpor este rio.Que me confundiu outrora.
Paulo Mendes Campos

Ana Jarén

O poeta é comoo ríncipe nas nuvens.Asuas asas de gigante não o deixam caminhas.
Charles Baudelaire

terça-feira, 21 de agosto de 2018

Edward Burne-Jones

Juntar palavras é um delito nobre
Se fosse minha a parábola do vento
poderia hoje mesmo começar um grande poema
Alex Fleites  [Cuba-1954]

© Stef Rymenants


Vai dar praia- Cecile Veilhan


sexta-feira, 17 de agosto de 2018

Alexander Deineka - Girl with a book. 1934

O poeta faz-se vidente através de um longo,imenso e sensato,
desregramento de todos os sentidos
Arthur Rimbaud

Daria Petrilli

Eu escrevia silêncios,noites,anotava o inexprimível
Fixava vertingens
Arthur Rimbaud

Edward Burne-Jones

jovens poetas enfatizam a palavra
a voz,o grito
a música
velhos poetas priorizam o silêncio
as mãos trêmulas
a lágrima
nydia bonetti

Manhãs perfeitas

Josie Portillo

quinta-feira, 16 de agosto de 2018

Yelena Bryksenkova

Do longo sono da Terra
o carvão acorda diamante
Helena Kolody

Alexy Terenin


terça-feira, 14 de agosto de 2018

Guy Pène du Bois

de que me vale o verso cheio de barro
se não houver quem o assopre
nydia bonetti

Brian Kershisnik

A vida me disse:
-Dorme que a fome passa
Mas ela não passou.
Eu dormi e acordei
E a fome ainda estava lá.
A vida me disse:
Dorme que o medo passa.
Mas ele também não passou
Eu dormi e quando acordei
o medo ainda estava lá
Mais faminto do que nunca.
Viviane Barroso

Brian Kershisnik (b. 1962, USA)

Sonhar ainda uma vez
sobre o descalço das coisas

Conduzir carcaças e ninhos
Dissolver o tutano dos dias
até os cascos
Patricia Claudine Hoffmann,in Matadouro Imperfeito,p17

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

quinta-feira, 2 de agosto de 2018